quinta-feira, 8 de março de 2018

RAID DO FACHO

Boas companheiros/as do pedal

No passado domingo, 25 Fevereiro.

Rumei a Roriz (Barcelos), com mais um casal amigo. Para participar no Raid do Facho, à  meia-maratona, 45km.

Dia com muitos km. Só ida e volta na casa dos 800.

Ao chegar a Roriz, encontramo-nos com o Eduardo, já algum tempo que estávamos à espera desta oportunidade, de conhecer  algumas pessoas, que conheci virtualmente.

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Eu - Eduardo - Hélio
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Avante

Já em Roriz, disputava-se ali mais uma prova da taça de XC do Minho. Um evento grande repleto de vários atletas federados, e muitos da classe promoção.

Fomos à tenda da KTM, onde conhecemos o Sr José Pereira, o dono da loja Bike Seven de Barcelos. Ele tinha as bikes que nos foram confiadas para a nossa participação.

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Ainda deu para conhecer outras pessoas, que só conhecia Virtualmente.

Com o início da prova breve, pedi ao Sr José, para me dar umas últimas afinações. No início queria em velocidade de passeio, mas andar numa máquina daquelas, quem conseguia ir devagar? Eu não consegui.
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No início até pensei que ia morrer a meio da prova, estava com uma média muito alta para o que estou habituado. 

Gostei do percurso, achei muito rolante, apesar de ser um sobe e desce constante... 

" Rolante no sentido que o percurso era rápido, mesmo com o constante sobe e desce, eu ia sempre com uma boa velocidade"


Gostei da relação de pratos de 36. Como uso o 38, para breve mudo para 36/22.

Bem a única dificuldade que encontrei na prova foi a última subida e que trepa.

"Com orgulho, o gordo diz, fi-la toda na bike! Vi muitos a desmontarem... Ando bruto! " :) :P

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No final fiquei novamente surpreendido com o tempo que fiz, abaixo das 3h. Muito bom para quem não andava há mais de 15 dias.

No final, ainda encontrei caras amigas, o Nicolau e a Tânia, mais o Vasco. No final da prova a Yuliya e o Pedro, é sempre bom rever amigos e num local tão distante.

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Com o Vasco
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Afinal de contas também não estava sozinho, estava com a Carla e o Hélio, mais o Guarda, e o Sr José da Bike Seven, que conhecemos ali.

O mundo é tão pequeno, que após a entrega dos troféus, encontrei de relance a Leandra, outra amiga virtual do face e dos Instagram, uma máquina do enduro.

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Aproveitámos para pôr um pouco a conversa em dia. O BTT não é só andar, é conhecer pessoas fantásticas e partilhar experiências.

No final ajudámos a desmontar o palco de festas.

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Fomos já almoçar à hora do lanche, mas valeu tudo. Foi um dia super cansativo, mas compensou tudo, em esquecer que também conheci o Nuno, mais conhecido por Peregrino.

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Há amantes dos caminhos de Santiago de Compostela, em todo lado, o que é fantástico. Regresso a Lisboa

FOTOS - RAID DO FACHO

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O meu muito Obrigado a TODOS
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Done

domingo, 4 de março de 2018

RECONHECIMENTO

Boas companheiros/as do pedal

Ontem fiz o meu maior passeio, tanto em km, como horas em cima de uma bike.

Há muito que queria fazer o A LOT OF SAND, mas queria alterar algumas zonas de passagem. 

Tinha de ser ontem, mentalizei-me das condições atmosféricas, preparei tudo e saí bem cedo, 05h40. O objetivo era começar e terminar em casa.

Locais de passagem, Santo António dos Cavaleiros, Póvoa de Santo Adrião, Olival de Basto, Calçada do Carriche, Lumiar, Campo Grande, Saldanha, Rossio, Terreiro do Paço, barco para o Barreiro.

Durante a ida para o barco, estava apenas uma ligeira brisa, ao chegar à margem sul, já se avistavam algumas nuvens carregadas de água.

Mesmo assim prosseguir com o meu objetivo.

Não sei precisar todos os locais que passei, mas dos mais conhecidos, Azeitão, Bacalhoa. Ao entrar na serra, começa a cair com mais intensidade. Já há muito que tinha posto o impermeável.

No topo da subida do Fim do Mundo, caia como não houvesse amanhã.

Tirei umas chapas e lá decidi descer, regos e mais regos, todo o cuidado era pouco.

Estava a entrar numa zona que tinha de mudar o track. Juntei três para ficar um só. 

Algumas zonas já estavam fechadas, desde da última vez que lá passei com o Marco, penso que há dois ou três anos.

Continuei, houve uma má leitura no GPS, desci algo que não devia, a minha sorte é que reparei a tempo, e tive de subir pouco.

O terreno estava muito pesado, com a chuva torrencial, e de óculos postos não dava, estavam sempre a embaciar. Tirei-os, mas depois era quase impossível andar sem eles, muita água nos olhos.

Lá me esforcei para manter os olhos bem abertos. 

No face ontem, houve alguém que sugeriu uns remos, e pensei logo nos vários rápidos que fui encontrando ao longo do caminho.

Antes de chegar à varanda da Arrábida ou de Sesimbra, confundo-me sempre. Ainda apanhei locais com muita pedra embutida no chão, verdadeiras armadilhas. 

Havia zonas que dava para arriscar, mas havia outras que era obrigatório desmontar, caso contrário era um convite para ir ao chão.

Adoro aquela zona, mas seca, é sempre aviar cartucho.

Ao chegar à Pedreira, tem uns blocos de cimento armado a bloquear a passagem, apeado ou bike, dá sempre para passar.

No início da Mega subida, fui a pedalar, o objetivo era fazer a volta de maneira confortável. Ainda tinha muitos km para fazer. 

Ao chegar ao topo, fiquei curioso de espreitar pela varanda o Mar. Era bela na mesma, deslumbrante vista, com o mar revoltoso lá em baixo da falésia, nos dias de sol, nota-se bem a transparência daquela água atlântica.

Prosseguindo

Passei pelo local onde tinha caído na volta TRALHOS.

Depois de algumas descidas, com muita precaução, lá entrei noutra zona de pedreiras, e fui até Santana.

Subi ao Castelo de Sesimbra, desfrutei da paisagem sempre bela.
Segui viagem por outra saída. No início ainda fui na bike, mas vi logo que seria uma loucura. 

Pedra molhada onde não há proteção. Não me apetecia voar.

Desci até à Vila de Sesimbra, parei num pequeno café, e reforcei mais uma vez o estômago com um prego e uma sopa.

Após a mini refeição, segui viagem...

Ao passar pela praia, estava tudo sujo, segui em direção à lota, seria a última grande subida do dia.

Ao chegar ao topo tirei algumas fotos e siga.


"Por alguns momentos senti fraqueza, sinceramente não sei onde fui buscar forças"

Próximo destino seria o Farol do cabo Espichel.

Na sua progressão, também alterei um pouco o percurso, talvez uns 500m. 

Um pequeno desvio, mais junto à falésia. Onde há uns singletracks engraçados.

Após esse pequeno desvio, retomei à estrada. 

Depois ao seguir o track normal, cometi um erro. O piso estava todo cheio de lama, hum... Barro!

Perdi uma boa meia hora a limpá-la num charco.

Desisti ir por ali, e já não fui ao farol, segui pela estrada até ao Convento ou Mosteiro do Cabo Espichel. 

Cafezinho, repor água nos bidons, depois fui tirar umas fotos e no regresso, já não fui pelas arribas, decidi ir pela estrada, seria mais rápido.

Fui na direção da Aldeia do Meco, aí apanhei a estrada que vai até à rotunda da Nato.

Fiz tudo pela estrada até à entrada da Mata da Apostiça, troquei o track, é que da última vez que lá passámos, apanhámos tanta areia, daí o nome. 

Ficámos com trauma de areia.

Para evitar areia, procurei no wikiloc uma alternativa, e finalmente encontrei, também há areia, mas não com a quantidade que apanhámos.

Ao chegar à Fonte da Telha, tinha duas opções, estrada ou pela Arriba Fóssil, como havia tempo, optei pelo local mais confortável, e sem dúvida mais bonito.

"Até tirei poucas fotos, devido à chuva"

Quase acabar Arriba Fóssil, dou de caras com um falcão, que animal tão nobre. No seu estado selvagem!

Levantou vôo e por uns momentos fiquei a observá-lo, depois desapareceu.

Mais uns km de estrada, até à Trafaria, no meio do caminho, passa o Quim Zé de carro com a família, foi bom, mesmo por um instante uma cara amiga.

Ao chegar à Trafaria, precisava mesmo de descanso, até que entro na estação e vejo que não há barcos devido ao estado agitado do mar. É pá, fiquei sem reação.

Houve um senhor muito simpático, apercebeu-se, e disse-me que tinha de ir apanhar no Porto Brandão.

Perguntei se era longe, o mesmo disse que não, mas os primeiros km eram a subir. Ui, estou desgraçado pensei eu.

Lá fui eu, talvez tenha demorado uns 25 minutos, o cansaço era tanto. Ao chegar ao destino fluvial, era só aguardar pelo Ferry boat e siga para Lisboa.

Ao chegar a Belém, mais uma carga de água, algo que já não tivesse habituado.

Belém, Santos, Praça do Comércio, Rossio, Saldanha, encontrei um colega de profissão, ficámos um pouco na conversa e lá segui viagem... Estava mortinho para chegar a casa.

Já com muito pouca bateria na lanterna, ia a poupar nos locais com luz. A volta de regresso foi igual à ida. Ao chegar à minha rua, alonguei um pouco e subi.

Foi uma aventura e tanto. 
Como fiz sozinho, o meu teste foi aprovado. Uma experiência única, mesmo com estas condições atmosféricas nada agradáveis. 

Está feito!


Obrigado

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