quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

RESCALDO 2016

Boas companheiros/as do Pedal

2016 está prestes a terminar... 

Vem aí um novo ano - 2017, como não soubessem, duh 

Queria fazer um pequeno resumo deste ano...

Bem, deixem ver. Travessias, fiz apenas duas, três, a terceira ficou incompleta, o homem não se preparou devidamente, pensava que era só rolo, mas foi divertido. Para a próxima já sabe para o que vai e terá que treinar mais.

Tróia - Sagres DL 2016
Subida de Odeceixe
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Rota Vicentina, foi engraçada... 

Via Algarviana BRUTALíSSiMA! 

Como disse noutra crónica, fiquei com uma visão totalmente diferente do que temos cá. 

Normalmente o Tuga tem a mania, que tudo que é fora do nosso País é que melhor, nem tudo, temos um País lindíssimo.

Algumas travessias que fiz, como os Caminhos Portugueses "Central & Interior" de Santiago de Compostela, a parte mais bonita, é sem dúvida a NOSSA. 

Temos Grandes Rotas duríssimas, e com paisagens lindíssimas.

Falando um pouco da última GR que fiz, conheci um Algarve desconhecido para muitos, um Algarve no seu estado puro e selvagem.

Passámos por locais de cortar a respiração, muita culpa das intermináveis paredes que encontrámos, mas também pelas paisagens deslumbrantes.

Progressão à Picota, dos 50m aos 700
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Aqui íamos em direção à Foia
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Picota no horizonte
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Brutal
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Finalmente MAR
4 dias sem o ver 
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Agora com 2016 a terminar, não fiz tudo o que queria, falta de tempo, motivação e ânimo, problemas pessoais. Só espero que 2017 recupere esse Ânimo, e que seja muito diferente deste ano que está acabar.

Pelo menos estou um pouco mais motivado, com a preparação da Grande Rota do Zêzere, que está a pouco mais de 5 meses de o realizar.

Veremos como será!

Até lá, Grande ABRAÇO & BEIJINHO a quem me segue, e BOM ANO 2017


sábado, 24 de dezembro de 2016

DESMOTIVADO

Boas companheiros/as do pedal

Em modo de desabafo.

A minha vida ultimamente anda de pernas pro ar. Ando desmotivado, sem ânimo nenhum, meio perdido em pensamentos.

Este blogue é muito mais que um diário de bordo das minhas aventuras.

Como trabalho por turnos, nem sempre há disponibilidade pra puder andar. Desde que fiz a Via Algarviana, nunca mais fiz aqueles passeios do dia todo. Que saudades!

Nem todos têm disponibilidade que tenho. Para andar sozinho, vou a Monsanto e venho. Não é a mesma coisa. 

Tenho imensas saudades da Vida que tinha.

Preciso desse ânimo, da motivação que está escondida algures dentro de mim.

Hoje fui à Loja onde vou sempre, ia buscar a minha Laranjinha. Como António "o dono" da loja me tinha dito que estavam abertos até às 13h, nem fui à página da loja no Facebook ver se estariam ou não abertos.

Cheguei lá e dei com o nariz na grade, como ainda não eram 10h, fui ao café do lado beber um cafezinho e pôr a conversa em dia.

Entretanto olho para as horas, e fui ao face. Pois, era de prever Fechados...
Ups

Voltar pra casa novamente de comboio.

E agora nem sei quando é que dará para a ir buscar. Veremos pra próxima semana.

Até lá vou-me contentar com a corrida. Não é bem a minha praia, mas vou-me desenrascar assim.

Preciso de pôr as ideias no lugar. E de perder peso. Porque em 2017 vem a GR33.

E tenho de estar em forma. 😊
Eu sei que redondo é uma forma.😁😂

Quero ficar um pouco mais elegante do que já sou. Modéstia à parte.

Desejo-vos um Feliz e Santo Natal
🍻🍹🍰⛄🌃🎄🎁🎂

Divirtam-se

Grande abraço e beijinho

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

TRÓIA SAGRES DL 2016 - DIA 2

Boas companheiros/as pedal

Continuando com Aventura do Dionisio Lopes



Sábado, dia 10 Dez 2016, o Mítico dia do Tróia Sagres. À hora que acordei o D ainda roncava. e a essa hora em Tróia, deviam estar alguns milhares de ciclistas cheios de adrenalina para mais uma épica travessia, alguns já a caminho certamente. 

Depois de me ter vestido, comecei a pensar onde é que tinha posto a chave do cadeado que tinha posto nas bicicletas, procurei por todo o lado, e nada. Hum solução, rebentar com ele, como? A minha sorte é que ando sempre com um mini alicate e um bom canivete. Seria a primeira vez a fazer algo do género. A sorte é que tinha mais plástico à volta que aço.

Resultado
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Avisei o D, e depois tinha-lhe de dar um cadeado. Tudo arrumado, as bicicletas postas na rua, foto da praxe ao lado da entrada do Hostel.

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Deliciosos croissants 
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Barriga cheia, ou pelo menos saciado, lá prosseguimos viagem. O dia de hoje o mais duro, as subidas subidas mais difíceis apareciam nesta etapa.

Neste dia não tenho muito para contar. 

Passado uns 10 km, o D, disse que tínhamos que parar porque já não aguentava, estava com falta de ar. 

" Mais uma vez digo, ele quer fazer tudo e sem treino é impossível, e a história do tabaco é outra!"

Depois lá liguei para o carro de apoio... 

Hum agora ficaram confusos? Eu explico melhor, Eu e o Dionisio viemos mais cedo, durante a viagem de 6ªfeira e hoje, eu sou a bicicleta de apoio, mas temos o Grupo de Cicloturismo Vitória Clube de Lisboa que começou hoje, e trazem viatura de apoio. 

Dionisio pediu logo para o virem buscar, liguei e falei com o responsável por toda a Operação Tróia - Sagres 2016, o Ricardo Figueiredo, também ele o Sr Presidente deste Grupo de Cicloturismo. Este disse-me que tinham começado um pouco mais tarde e que ainda estavam longe do local onde nos encontrávamos. Falei com o D, e expliquei-lhe a situação. 

Sendo assim, estar à espera no meio de nenhures, mais valia a pena tentar andar mais um pouco e ver até onde é que ele se aguentava. Assim fomos, conseguimos ir até São Teotónio, parámos numa paragem, ele fumou mais um ou dois, já não me lembro, depois comeu umas barras e lá se foi, 

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Deixa o ir, pensei eu, pode ser que vá com embalo e o apanhe mais no topo da subida... E assim foi

Depois só parámos no inicio da subida de Odeceixe, comeu mais uma barra e atirou-se para a dita cuja, tá claro a subida... 

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Fiquei ali admirar os muitos ciclistas que ali passavam, muitas caras conhecidas, muitas mesmo. É o que dá ser conhecido no Ramo, eh eh eh
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Continuando

Lá fui eu, subi subi e D nada, hum que bom, está ir bem, pensei eu. Passado um bocado, lá estava ele a ficar sem forças e a encostar junto ao rail.

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Amigo Paulo 
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Ficámos ali quase uma hora, pensei como é que o carro de apoio ia ali parar, era impossível, deixei-o descansar à vontade e mais tarde incentivei-o para fazer mais uns kms até o Rogil, e se ele ainda tivesse pernas até Aljezur.

Assim foi, encheu-se de coragem, pus-lhe a mão nas costas, e apareceu outro ciclista que do outro lado fez o mesmo, assim seria mais fácil para quem já estava mais pra lá do que pra cá continuar a travessia.

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E assim fomos, devagar até ao Rogil. Ao chegar lá, o D disse logo, fico aqui e daqui já não saio. Depois desta afirmação, lá fui eu mudar de roupa, estava frio, wc e foi bastante rápida a mudança. Trocado, fui beber um café e comer algo. Liguei à viatura de apoio, e ainda estavam em Vila Nova de Milfontes, xiiiiii pensei eu, ainda bem que mudei de roupa, a espera ia ser longa e foi.

Durante esse tempo todo encontrámo-nos com a C, que estava acompanhar o marido na travessia, ainda bebemos um café na sua companhia e deu para pôr a conversa em dia, pouco depois mais dois aventureiros da Margem Sul, o Tobi e um amigo do pedal do qual não me recordo do nome. Até que finalmente chegava a viatura de apoio.

Longa espera
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E a nossa aventura tinha chegado ao fim.
Para o próximo ano, o Dionisio diz que quer repetir e que estará mais preparado, veremos!
Abraço

Troia- Sagres DL 2016
FiM




terça-feira, 20 de dezembro de 2016

TRÓIA SAGRES DL 2016 - DIA 1

Boas companheiros/as pedal

Continuando com Aventura do Dionisio Lopes

6ª Feira, dia 09 Dez 2016, um dia antes da Mítica travessia, acordámos por volta das 06h00, dêmos os últimos toques na arrumação da nossa bagagem, pôr as máquinas na rua, rever o local onde se pernoitou, para que não ficasse nada para trás, e lá fomos nós em direcção nos cais de embarque.

Bom dia
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 Máquinas prontas
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Paragem para o Pequeno Almoço
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 Já no Cais
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 À espera para comprar os bilhetes
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 No ferryboat
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 Despedida da Arrábida
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 Nervoso
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 Prontíssimo 
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Nesta foto, ja tínhamos passado a Zona da Comporta
Aqui o Dionisio lutava com os seus pés
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Para quem não conhece o Dionisio Lopes, eu mostro-vos uma foto como ele pedala, e depois continuo com a Luta que ele teve, não foi nada fácil, mas venceu-a.
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D, pedala com os calcanhares, o esquerdo estava óptimo, mas o direito estava sempre a escapar. Ele por si só, já tem um grande problema físico, e mesmo assim luta contra tudo e contra todos para puder realizar os seus objectivos. No entanto foi uma luta tremenda. 

Aos 40 km queria desistir porque estava cansado de lutar contra o pedal, aquilo não estava a correr como ele estava à espera. Houve uma altura, deixei-me ficar para trás, para ele poder seguir ao seu ritmo, e sem que estar constantemente a tentar apanhar-me. 

Pouco depois vejo-o atirar ao chão a bicicleta, todo irritado, sentou-se num monte de areia que ali havia, e a falar sozinho. Deixei-o e observei, o que é que ele estava a fazer. Sentou-se, tirou os sapatos, e trocou-os. 

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Reparem bem, Esquerdo no Direito e vice-versa
Primeira paragem para repor energias e nicotina
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Prosseguindo aventura

Nesta altura ainda estávamos muito longe do nosso destino. Só de pensar no que faltava, já estava a ponderar ligar ao João, outro amigo do pedal e dizer-lhe que iríamos ficar noutra localidade e não em Odeceixe. 

Queria fazer uma etapa muito ambiciosa, mas o Homem tinha treinado que se farta no rolo!

"mas o rolo, não é o meio ambiente, não há vento, não atrito, não tem as mesmas condicionantes que andar em trilho ou em asfalto. Ajuda, mas não é a mesma coisa. Irra" 

Então decidi que iríamos ficar por Milfontes, mas ainda estávamos tão longe. Tinha de arranjar maneira de lhe dar ânimo e seguir em frente. Falámos imenso, rimos, e andámos um pouco mais calados, o cansaço já se instalava no nosso Amigo do pedal. 

Ao chegar a Santo André, iríamos chegar ao corte de percurso, uma mudança de última hora. Antigamente fazia-se a A26, na altura ainda não era Autoestrada até à rotunda de São Torpes, e este ano, fazia-se duas partes, no inicio, no meio desta saíamos e continuávamos por um caminho adjacente à A26, e mais uns 6,7 km voltávamos a entrar até à rotunda de São Torpes

Na saída da estrada adjacente à A26
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E respectiva entrada na A26
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Mais uns quilómetros feitos e o D só se queixava que cada vez que andava connosco Grupo dos Cavaleiros do Pedal, que nunca comia a horas. Então expliquei-lhe que há barras, há água, e que no local onde estávamos não havia nenhum restaurante, e que mais uns quilómetros, sem precisar quantos, mas menos de 10, que há um café à beira da estrada e aí podemos parar para repor energias e Nicotina.

Café São Torpes
Duas Bifanas e um Caldo Verde, soube tão bem
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Continuando

Agora vinha a pior parte, o Cansaço já se tinha instalado no D, chegámos a um pouco onde o vento era de frente 50 km/h, mais uma condicionante negativa, se fosse pelas contas, o Dionisio até cantava de alegria. 

Quase 15 km assim, que martírio, ao chegar ao cruzamento que vai para Porto Côvo e Vila Nova de Milfontes, aí já se respirava doutra maneira, o vento já não estava tão forte.

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Vai uma Ajudinha? Queres Queres!
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Por alguns momentos tive de ajudar o Dionisio, o homem estava de rastos, o que era preocupante para o dia seguinte. Esta aventura tinha 200 km, e nós ainda não tínhamos feito nem metade e ele já naquele estado. 

"Estas travessias têm de ser treinadas com meses de antecedência, e se para nós nos custa, imaginem só para o Dionisio, que sirva de lição, que quando se quer fazer algo deste género temos de treinar a sério! " Dos fracos não reza a história, comigo não cola, tens de treinar o triplo do que treinas... E é se queres fazer estas travessias.

Passado umas horas, lá chegámos ao nosso destino alterado. Vila Nova de Milfontes. Agora só tínhamos de procurar um Hostel, o eleito foi o Hostel Milfontes

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Hora da Janta no Pátio do Alentejano
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Hostel Milfontes
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FiM

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