sábado, 21 de novembro de 2015

NEVER ENDING ROAD

Boas companheiros/as do Pedal

Já há algum tempo, queria fazer um percurso que me andava a fugir. Falo de uma parte do Caminho de Fátima feita pelos Fidalbyke do Barreiro. Estes começam no Barreiro e sobem o Tejo pelo lado oposto do Caminho do Tejo.

Saída de casa, às 05H58
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A minha ideia do Caminho, era fazer o Oposto mas a começar em Santarém até ao Montijo, parte que  ainda não conheço, o resto é igual para Fátima, no sentido oposto ao que iria.

Combinei com dois amigos do pedal, um deles o Pedro Sanches, que em 2012 fez a Rota Vicentina a Solo, e quando quis fazer a mesma Rota, inspirei-me na sua aventura para fazer a minha, entretanto conheci-o no facebook, e este foi o nosso primeiro de muitos passeios, assim espero. O Outro amigo do pedal, é outro Cavaleiro do Pedal com panca por Longas Distâncias, o Marco Carmelino.

Direita - Marco / Esquerda - Pedro
Gordo - Eu "Ricardo"
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Combinámos dia 19Nov, pelas 06H30 junto à entrada da Estação da CP Santa Apolónia. O comboio era às 06H45 para Santarém. Não estava muito frio, e durante o tempo de viagem, a temperatura mudou um pouco, também não estava muito preocupado com isso. Mal me colocasse em cima da bicicleta aquecia.

Já acomodadas no Comboio
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Estávamos todos ansiosos
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Durante a viagem, não foi muito longa, uns 50 minutos. Numa das paragens entrou uma cara conhecida, o Reis. Grande festa da minha parte, já não o via há algum tempo. Aproveitei para pôr a conversa em dia, e disse o que ia fazer.

Pouco depois, ele vira-se e diz que há coisa de uns dois meses, encontrou também no comboio uns malucos que iam fazer o mesmo que nós, começámos a falar, e não é que eram nossos conhecidos, e Cavaleiros do Pedal, somos diferentes

Ao chegar à estação de Santarém, lá nos preparámos e fomos comer algo ao café da estação, aproveitámos que havia várias pessoas nas redondezas e lá pedimos para nos tirarem a primeira foto de família.

Ei-la
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Ao iniciar o Caminho, passei pelo Marco e perguntei-lhe se podia experimentar o selim que ele estava a usar. É pá foi o meu pior erro, andei o tempo todo a doer-me o rabo. Nem tudo que é mais caro é melhor, no que toca em Selins, cada rabo é um caso, e o meu Charge Spoon, digo que em tantos anos que ando de bicicleta, já experimentei muitos, e este é o meu sofá.

Prontas
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O Marco agradeceu-me por duas vezes, uma por ter-lhe pedido o selim emprestado e do dinheiro que ia poupar, porque finalmente encontrou o seu Selim, imaginem só, CHARGE SPOON.

O aspecto não conta, até pode ser horrível, 
tem de ser é confortável
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Bem, um mal nunca vem só, ao iniciar uma das únicas subidas do percurso, o meu manipulo da mudança dianteira não funciona, a minha sorte é que a subida era curta e estava no prato 38D, dizer com isto, que para rolar, é o ideal. Se estivesse na avozinha, estava desgraçado.

Voltando ao relato

Lá tive de subir a pé, e os meus companheiros do pedal, foram solidários e também foram, "Risos"

Estava muito intrigado com o percurso em si. Onde se iria passar, se íamos apanhar muitos estradões, se havia muitos km em asfalto, daquelas estradas que não se vê o fim, xiiii só de pensar o aborrecimento que seria e foi.

Os trilhos eram escassos, e eu que me considero Bicho do Mato, não me importo de ficar todo arranhado das silvas e todo sujo da lama e do pó.


Antes de chegar à Valada, 
cruzámo-nos por alguns marcos para Fátima
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O perigo que é andar na estrada com animais que só pensam neles, detesto. Fizemos alguns estradões, passámos pela Valada, não chegámos a cruzar com a Praia Fluvial, virámos antes, e subimos à ponte e atravessamo-la. 

Antes de chegar à Valada
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Momentos únicos 
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Atalhar para a Ponte da Valada, 
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Confesso, por momentos tive receio de cair. Uma pessoa que vai numa bicicleta de roda 29, parece que vai no primeiro andar, em relação ao tamanho das outras bicicletas de roda 26 ou 27,5.

A protecção da ponte está muito abaixo e parece que ia cair... Por momentos tinha de desmontar e passar para o lado dos carros, ainda foi pior, o piso era muito estranho, o pneu de trás estava sempre a fugir. 
Na travessia da Ponte Maldita, eh eh
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Se não houvesse este nevoeiro todo, 
a paisagem seria mais bonita de certeza
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Entretanto passei para o outro da passagem de peões, senti-me mais confortável, se tombasse para a direita, estava mais seguro, depois apanhei outro obstáculo pela passagem, havia zonas que o guiador passava mesmo à rasca, e lá fui devagar devagarinho a progredir o terreno aos poucos, quando cheguei ao final, senti um alivio enorme. 

Pôxa que minutos de desconforto

Depois foi sempre a rolar até entrar numa mata, tinha alguma areia, mas com estava compacta devido ao orvalho caído, estava bastante ciclavel.


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No fim desta, prosseguimos mais uns quilómetros por estrada, até finalmente sairmos desta e entrar novamente em trilho, passámos por baixo do viaduto da estrada, e havia lá umas pontes de madeira. Paragem obrigatória para comer algo e para não variar tirar umas fotos.

Quiz
Quem sou eu? Eh eh
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Zona das Pontes de Madeira 
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Dad 
"tirando o selim, terror"
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Multi 
"Com o meu Sofá"
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Tão limpinhas
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Continuámos em trilhos, single, e logo a seguir a outra ponte de madeira e um passadiço, tínhamos acabado de chegar a Benavente, achei muito curioso uma torre no topo de um edifício que depois vim a saber que era a Câmara Municipal de Benavente.


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Torre no cimo do Edifico da CMB
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Passadiço 
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No fim deste passadiço, um parque de manutenção com jardim, tudo muito bem arranjado, e bonito, sem estar vandalizado, como se vê muito em Lisboa. Curioso com a Torre lá fomos nós ao seu encontro.

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Eh eh 
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Big Happy Family 
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Fotos tiradas, já era meio-dia, tinha acabado de ser suado a Sirene dos Bombeiros,a dar indicação. Prosseguimos caminho, pouco depois entrámos novamente em areia e já se via canal de rega, mas completamente seco. 

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Aleluia Canais
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Martírio
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A zona mais espectacular do percurso, tivemos de andar quase 40 quilómetros para aqui chegar. Esta zona faz ligação de Benavente a Samora Correia.


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Galhofa
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Trepa Trepa
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O bem bom já tinha acabado
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Chegada a Samora Correia
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Aqui aproveitámos para almoçar e toca à procura de um café com esplanada, para se poder almoçar à vontade, sem perder de vista as mulas. Fizemos um pequeno desvio do track do percurso.
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Sopinha para todos
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A fome aperta
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Mulas mesmo à nossa frente 
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No final do almoço, retomámos o caminho, passámos por uma igreja, onde tinha uma estátua do Fundador da Vila de Samora Correia, D. Paio Peres Correia. Aproveitámos para tirar umas fotos com ele. Estava vestido a rigor, era um autêntico Cavaleiro do Pedal, só faltava pôr-lhe o capacete.

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D. Paio Peres Correia
em modo 
Cavaleiro do Pedal 
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Quando saímos de Samora Correia voltámos à estrada, eu já estava saturado de estrada, durante a nossa progressão no asfalto, deparei-me com uma ave de porte médio no chão, no lado oposto ao que me encontrava. Dei a volta e fui ver o que era, fiquei triste, a primeira vez que vejo uma Coruja-das-Torres morta.

Nunca mais acabava
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Triste
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Continuando

Ao fim de 10 quilómetros desde que saímos de Samora Correia, finalmente virávamos para algum lado, em direcção a Pancas. 

Mais um estradão, terra batida com misto de alcatrão, ainda fomos ultrapassados por uma carrinha Vito branca, que nos apareceu por trás e não sinalizou a sua presença, ao ultrapassar quase que nos atira ao chão.


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Mais uma paragem para uma foto do descanso das mulas 
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O Marco e o Pedro, trocam um pouco de ferros, e mais tarde, experimento a bicicleta do Pedro, e ele a minha. 


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Tanto local para estacionar, 
e aquele borrego tem de parar na entrada do trilho 
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Pouco depois passamos por Alcochete, em direcção ao Montijo, a nossa volta estava acabar. O Pedro levou-nos à estação fluvial do Montijo. Agradecemos a sua companhia.

Caminho da Estação Fluvial, com o guia atrás de nós
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Estação Fluvial do Montijo
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As SObRES - Dad & Multi
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Quando veio o Barco da Soflusa, questiono onde se podia pôr as bicicletas, disseram para pôr atrás de uma parede do café do barco, eu à espera de encontrar aqueles encaixes para as rodas, e não vejo nada, apenas um varão. Lá me desenrasquei-me, eu não me chateio, só faço esta viagem, mas para quem faz isto dos os dias, é triste, viajar com estas condições. Não há respeito pelos utentes.

Lei do Desenrasque
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Ao chegar a Lisboa, ainda fomos à nossa Loja de Eleição à BINA CLINICA. Estava um fim de tarde brutal, parecia aquelas tardes de Verão. Imensas pessoas na rua. Um cruzeiro no rio tejo no nosso horizonte, perfeito.

Ribeira das Naus
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A caminho da Bina Clinica 
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 Fizemos o que tínhamos a fazer, despedi-me do Marco, e arranquei para casa
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Go HoME 
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Resumo - Casa - Santa Apolónia - Santarém - Montijo - Lisboa - Casa
A pedal foram ao todo 110 Quilómetros 


FIM

ABRAÇO

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